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  • Writer's pictureNatanael Pantoja

Novos hábitos de consumo geracionais e suas implicações no e-commerce



Comportamentos adquiridos no período pandêmico se mantêm e reforçam hábitos das novas gerações de consumidores. O comércio eletrônico, por exemplo, vem se destacando desde 2020 até hoje, e um dos motivos para isso são as características que remodelam as experiências de compras. Entre elas a valorização do consumo consciente, foco em produtos personalizados e adoção do omnichannel.


A possibilidade de consumo descentralizado proporcionada pelo e-commerce surge como outra grande tendência, caracterizando-se tanto por alcançar novos públicos quanto por permitir aos consumidores conhecerem marcas não tão divulgadas e comprarem produtos delas. Porém, com isso, é necessário trabalhar mais para fidelizar o cliente. Um preço baixo inicial, por exemplo, pode encher os olhos de uma pessoa, mas a longo prazo pode não se sustentar se não vier acompanhado de outras garantias vantajosas ao consumidor.


Ainda sobre as experiências de compra on-line, a recomendação de uma pessoa adquire cada vez mais importância na decisão de outra. E isso justifica o crescente mercado de vídeos, textos escritos ou até mesmo sites e perfis direcionados apenas a análises de produtos. Dessa maneira, vemos o forte caráter pessoal por trás de uma compra, seja escolhendo algo próximo de seu propósito ou atribuindo confiança à percepção de alguém.


Diante disso, entregar experiências significativas e reforçar um propósito preocupado não apenas com o lucro são fatores que podem ser adotados para gerar mais conexão com o consumidor e, consequentemente, garantir recorrência de compras.

Entendendo os novos perfis de consumidores


De tempos em tempos, o cenário de compras recebe consumidores com demandas que agitam o comércio e as marcas de forma geral. Para ser mais específico, vejamos o que mostra o estudo “Geração Z: metaverso, internet e hábitos de compra”, feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo e publicado em maio deste ano. Na pesquisa, o termo “geração Z” foi utilizado para participantes entre 18 e 24 anos, mas ele é geralmente atribuído a quem nasceu no fim dos anos 1990. Segundo os resultados, 57% dos entrevistados checam suas redes sociais a cada notificação recebida.


A pesquisa dividiu os jovens nestes perfis: interativos, pressionados, antenados, ansiosos e transparentes. Com essa classificação, um fator merece cuidado: ao mesmo tempo que são antenados, os novos consumidores da geração Z também apresentam sinais de ansiedade. Então, como impulsionar a compra sem torná-los compradores compulsivos? Uma questão que surge para pensarmos.


A geração Alpha, de crianças nascidas a partir de 2010, igualmente engajada com questões sociais, também chega trazendo novidades ao mercado. São pessoas que terão seu crescimento pautado em valores e princípios éticos, e tudo isso será refletido no engajamento com as marcas. Para se ter uma ideia mais clara, 66% dos alphas gostariam de comprar de empresas que estão fazendo bem ao mundo.

Ainda que a idade seja um empecilho para o poder de compra, esse desejo move a relação de consumo que essas crianças terão ao longo da vida. Aliás, em poucos anos elas entrarão em cena como novos consumidores, então por que não começar a pensar agora em suas necessidades?


Um caso que pode ser usado como exemplo apropriado pensado para a geração Alpha é a impressora 3D da Toybox, que permite às crianças imprimirem seus próprios brinquedos com material biodegradável e não tóxico.

As características dessa geração não param por aí. O estudo da Wunderman ainda mostrou pontos provavelmente considerados inesperados por muitos. Como essa geração é ainda mais nova e, evidentemente, tão ou mais conectada ao digital quanto à geração Z, é de se esperar associações de hábitos comportamentais predominantemente no formato on-line, como compras, interações e estudos. Porém, essa geração valoriza muito experiências, estratégias de marketing omnichannel e idas a lojas físicas de varejo.


Novos cenários, novas estratégias


Buscar o engajamento do cliente entendendo suas preocupações para corresponder às suas necessidades é o que deve ditar as práticas de vendas. Com base nisso, escolher um modelo de e-commerce que seja adequado aos objetivos da empresa, próprio, com contato próximo ao consumidor ou ainda no modelo enabler, com suporte oferecido por uma empresa maior, se enquadra como um dos passos iniciais que devem ser analisados na busca pela criação de estratégias para atender ao novo público que vem crescendo.


Seja qual for o tipo de e-commerce escolhido ou a geração priorizada, uma coisa é certa: os consumidores não querem apenas comprar, eles querem fazer parte de um propósito maior, identificando o bem produzido como benéfico para ele e para o mundo. Em poucas palavras, uma empresa consciente, amigável e com valores socioambientais.

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